Foto : SEIRA
“A memória
é a mais preciosa das heranças. É ela que nos alimenta a inspiração através dos
exemplos daqueles e daquelas que, de uma forma ou outra, nos marcaram.
Nuno Francisco, in editorial do Jornal do fundão de 2 de setembro de 2021.
Dez anos depois de ter recebido a medalha de mérito municipal, entregue em cerimónia oficial pelo então presidente da Câmara do Fundão, em 9 de Junho de 2011 – Ver aqui. Sete anos depois de a arte de trabalhar o
esparto, o trabalho do esparteiro, José da Encarnação, ter sido considerado “Património
Cultural Imaterial da Beira Interior entre o Côa e o Tejo.” Ver aqui.
Praticamente, seis anos depois da sua morte, foi a vez da sua aldeia – Alcongosta - através da Junta de freguesia recordar a sua memória, mandando colocar à entrada da Rua Casal da Ribeira (onde viveu e trabalhou grande parte da sua vida) um painel que evoca a sua memória e as suas artes: a da poesia popular e a arte de trabalhar o esparto. Como alguém escreveu: “é lindo”. Devemos estar gratos por esta atitude, muito significativa, pelo que representa em termos de memória cultural e histórica.
O nosso esparteiro dedicou os últimos anos da sua vida a tentar que a arte de trabalhar o esparto, o trabalho de esparteiro, sobrevivesse à sua morte. Que tenhamos conhecimento, apesar de todos os esforços, não conseguiu esse objetivo. Era missão impossível, nos tempos de vida apressada e de feroz globalização industrial. As suas obras ficaram, conseguiu levar o nome da sua aldeia e a sua arte por todo o país, mostrou-as pelos sítios onde passou, falou delas nas inúmeras entrevistas que deu. Foi tema de teses de mestrado e outros trabalhos académicos. Levou a sua arte e a sua aldeia além-fronteiras. Justíssima, esta homenagem, mas, na preservação da memória da arte de trabalhar o esparto, da História e memória do esparteiro há muito por fazer. Como é sabido, “Um povo que não honra a sua memória e a sua História dificilmente terá futuro.”
Num tempo de desafios autárquicos, fica o repto, para que os candidatos a dirigir os destinos da freguesia e da Câmara pensem na melhor forma de concluir esta tarefa. Fazemos votos sinceros que, tal como das Seiras “tecidas” pelos esparteiros brotava o azeite que os portugueses comiam à mesa, também das cabeças dos nossos autarcas saiam ideias e obras de que nos possamos honrar.
L.SérgioPraticamente, seis anos depois da sua morte, foi a vez da sua aldeia – Alcongosta - através da Junta de freguesia recordar a sua memória, mandando colocar à entrada da Rua Casal da Ribeira (onde viveu e trabalhou grande parte da sua vida) um painel que evoca a sua memória e as suas artes: a da poesia popular e a arte de trabalhar o esparto. Como alguém escreveu: “é lindo”. Devemos estar gratos por esta atitude, muito significativa, pelo que representa em termos de memória cultural e histórica.
O nosso esparteiro dedicou os últimos anos da sua vida a tentar que a arte de trabalhar o esparto, o trabalho de esparteiro, sobrevivesse à sua morte. Que tenhamos conhecimento, apesar de todos os esforços, não conseguiu esse objetivo. Era missão impossível, nos tempos de vida apressada e de feroz globalização industrial. As suas obras ficaram, conseguiu levar o nome da sua aldeia e a sua arte por todo o país, mostrou-as pelos sítios onde passou, falou delas nas inúmeras entrevistas que deu. Foi tema de teses de mestrado e outros trabalhos académicos. Levou a sua arte e a sua aldeia além-fronteiras. Justíssima, esta homenagem, mas, na preservação da memória da arte de trabalhar o esparto, da História e memória do esparteiro há muito por fazer. Como é sabido, “Um povo que não honra a sua memória e a sua História dificilmente terá futuro.”
Num tempo de desafios autárquicos, fica o repto, para que os candidatos a dirigir os destinos da freguesia e da Câmara pensem na melhor forma de concluir esta tarefa. Fazemos votos sinceros que, tal como das Seiras “tecidas” pelos esparteiros brotava o azeite que os portugueses comiam à mesa, também das cabeças dos nossos autarcas saiam ideias e obras de que nos possamos honrar.